http://www.flickr.com/photos/asazul/
Buscando um passeio de trem, descobri um pedaço de céu, cercado de mar por todos os lados, que poderia ser chamado de Paraíso, Marimato, Marivento, Mariflor, Maramor, Marimar, Maricéu... mas se chama Ilha do Mel.Curiosa pela origem do nome, que nada tem a ver com apicultura, ouvi algumas versões que não me convenceram, (se alguém souber, me diga, por favor!), mas acho que é porque o lugar é mesmo doce feito mel.
Descer a Serra do Mar, à velocidade média de 20 km/h, tendo pela janela, beleza de embriagar a alma, conhecer a aconchegante Morretes, cidadezinha linda de morrer, já teria-me encantado; mas, encantada, fascinada, apaixonada, fiquei e estou, pela Ilha doce.
Caminhar, sem preocupação com travessias, por quilômetros de areia sob medida para pés descalços, - lá não circulam carros, motos nem animais de carga; não existem ruas, asfalto nem calçamento – não tem preço.
Fui “conduzida” por Amani, surfista-guia turístico que trabalha em parceria com a Calango Expedições, que por sua vez é parceira (pelo que entendi) da BWT Operadora de Turismo, que também é parceira da Serra Verde e todos em conjunto prestam ótimos serviços que pretendo utilizar outras vezes e recomendar a amigos de alma livre. Além de excelente guia, Amani, o Maninho da comunidade é “pai” de uma linda família que transmite paz e harmonia; é defensor da natureza, engajado em projetos sociais, professor de surfe, querido pelos alunos (que prefere chamar de parceiros de projeto) a julgar pelos espontâneos abraços que lhe dão os “piás” e pela alegria com que o tratam as mães.
Fiquei hospedada na pousada Estrela do Mar, de cara pro reino de Netuno e pro sol poente; lá, aplaudi o amor das pessoas pelos animais; há alimento distribuído pelos jardins para pássaros livres que retribuem a gentileza cantando e encantando; “Noe”, tem gatos bem cuidados e mansos que fazem a festa de crianças e de gente como eu, pois já dizia Jorge Amado, que felicidade é uma rede pra deitar e um gato pra passar a mão (no caso dele, a frase incluía o amor de Zélia).
Vi o espetáculo da lua cheia por trás do bambuzal, tomei café da manhã ao som mágico do bronze de um “mensageiro do vento” que parece entoar uma canção, talvez das “ Encantadas”. (Encantadas é o nome da praia onde fica a pousada e refere-se a uma lenda de sereias); conheci um casal de professores que gostaria de reencontrar; acordei-me antes do sol e vi um homem passeando com marrecos como se fossem cães de estimação; fiquei horas, literalmente, a ver navios e na hora de sair, fui presenteada com um “vôo” de barco.
Na Pousada e Restaurante Fim da Trilha, que transpira arte e bom gosto por todos os poros, comi uma “paella marinera” capaz de fazer Gandhi cometer o pecado da gula.; é que o dono da Pousada é também o “Chef”; enquanto bisbilhotava o local registrando tudo o que podia, com minhas lentes famintas, vi-o belamente paramentado, preparando a tal paella, que leva além de ingredientes de primeira qualidade, mão-cheia de amor pela culinária. “Fim da Trilha” - não poderia haver nome mais significativo, pois de lá não se tem vontade de sair, que o diga o eficiente e simpático garçon que foi passar uma temporada e ali está há dois anos.
Se fosse falar de tudo de bom e belo que vi e senti nessa (quase) Santa Semana, o Blog seria encerrado, por falta de espaço, mas não posso deixar de falar da vista maravilhosa do alto do Farol das Conchas, do nascer de lua na Gruta, do barco chamado “Poesia”, da comida boa do Restaurante Mar e Sol do outro lado da ilha, do “moço do sorriso de menino” que interrompeu sua caminhada para me mostrar, sem pressa alguma, bela seleção de fotos de bichinhos de asas e outras levezas diretamente da câmera, ( o que exige paciência) e noutro dia, cumprimentou-me com carinho de velhos amigos e ainda posou de bom grado, para uma foto com seu parrudo “bassweiller”; que dizer da “caída na vala” (essa é para os ex-colegas do BB) no Morro da Cruz, bem nos braços espinhentos do caraguatá (só pra deixar um pouquinho de sangue e voltar? E do revigorante banho gelado na Bica de Norinho, cercada de juncos e libélulas, das provocantes “papanás” (é assim que os nativos chamam as “minhas” borboletas azuis) exibindo raros balés como a dizer: brindo seu olhar e sua alma, mas não deixo suas lentes me alcançarem.
Ë...depois de tantos presentes dos deuses, posso dizer que esta foi, até agora, a melhor viagem dos meus cinquentinha. Acho que sei onde coMelmorar os cinquentuno...
A quem interessar, aí vai o link com uma amostrinha das mil imagens que colhi:
Buscando um passeio de trem, descobri um pedaço de céu, cercado de mar por todos os lados, que poderia ser chamado de Paraíso, Marimato, Marivento, Mariflor, Maramor, Marimar, Maricéu... mas se chama Ilha do Mel.Curiosa pela origem do nome, que nada tem a ver com apicultura, ouvi algumas versões que não me convenceram, (se alguém souber, me diga, por favor!), mas acho que é porque o lugar é mesmo doce feito mel.
Descer a Serra do Mar, à velocidade média de 20 km/h, tendo pela janela, beleza de embriagar a alma, conhecer a aconchegante Morretes, cidadezinha linda de morrer, já teria-me encantado; mas, encantada, fascinada, apaixonada, fiquei e estou, pela Ilha doce.
Caminhar, sem preocupação com travessias, por quilômetros de areia sob medida para pés descalços, - lá não circulam carros, motos nem animais de carga; não existem ruas, asfalto nem calçamento – não tem preço.
Fui “conduzida” por Amani, surfista-guia turístico que trabalha em parceria com a Calango Expedições, que por sua vez é parceira (pelo que entendi) da BWT Operadora de Turismo, que também é parceira da Serra Verde e todos em conjunto prestam ótimos serviços que pretendo utilizar outras vezes e recomendar a amigos de alma livre. Além de excelente guia, Amani, o Maninho da comunidade é “pai” de uma linda família que transmite paz e harmonia; é defensor da natureza, engajado em projetos sociais, professor de surfe, querido pelos alunos (que prefere chamar de parceiros de projeto) a julgar pelos espontâneos abraços que lhe dão os “piás” e pela alegria com que o tratam as mães.
Fiquei hospedada na pousada Estrela do Mar, de cara pro reino de Netuno e pro sol poente; lá, aplaudi o amor das pessoas pelos animais; há alimento distribuído pelos jardins para pássaros livres que retribuem a gentileza cantando e encantando; “Noe”, tem gatos bem cuidados e mansos que fazem a festa de crianças e de gente como eu, pois já dizia Jorge Amado, que felicidade é uma rede pra deitar e um gato pra passar a mão (no caso dele, a frase incluía o amor de Zélia).
Vi o espetáculo da lua cheia por trás do bambuzal, tomei café da manhã ao som mágico do bronze de um “mensageiro do vento” que parece entoar uma canção, talvez das “ Encantadas”. (Encantadas é o nome da praia onde fica a pousada e refere-se a uma lenda de sereias); conheci um casal de professores que gostaria de reencontrar; acordei-me antes do sol e vi um homem passeando com marrecos como se fossem cães de estimação; fiquei horas, literalmente, a ver navios e na hora de sair, fui presenteada com um “vôo” de barco.
Na Pousada e Restaurante Fim da Trilha, que transpira arte e bom gosto por todos os poros, comi uma “paella marinera” capaz de fazer Gandhi cometer o pecado da gula.; é que o dono da Pousada é também o “Chef”; enquanto bisbilhotava o local registrando tudo o que podia, com minhas lentes famintas, vi-o belamente paramentado, preparando a tal paella, que leva além de ingredientes de primeira qualidade, mão-cheia de amor pela culinária. “Fim da Trilha” - não poderia haver nome mais significativo, pois de lá não se tem vontade de sair, que o diga o eficiente e simpático garçon que foi passar uma temporada e ali está há dois anos.
Se fosse falar de tudo de bom e belo que vi e senti nessa (quase) Santa Semana, o Blog seria encerrado, por falta de espaço, mas não posso deixar de falar da vista maravilhosa do alto do Farol das Conchas, do nascer de lua na Gruta, do barco chamado “Poesia”, da comida boa do Restaurante Mar e Sol do outro lado da ilha, do “moço do sorriso de menino” que interrompeu sua caminhada para me mostrar, sem pressa alguma, bela seleção de fotos de bichinhos de asas e outras levezas diretamente da câmera, ( o que exige paciência) e noutro dia, cumprimentou-me com carinho de velhos amigos e ainda posou de bom grado, para uma foto com seu parrudo “bassweiller”; que dizer da “caída na vala” (essa é para os ex-colegas do BB) no Morro da Cruz, bem nos braços espinhentos do caraguatá (só pra deixar um pouquinho de sangue e voltar? E do revigorante banho gelado na Bica de Norinho, cercada de juncos e libélulas, das provocantes “papanás” (é assim que os nativos chamam as “minhas” borboletas azuis) exibindo raros balés como a dizer: brindo seu olhar e sua alma, mas não deixo suas lentes me alcançarem.
Ë...depois de tantos presentes dos deuses, posso dizer que esta foi, até agora, a melhor viagem dos meus cinquentinha. Acho que sei onde coMelmorar os cinquentuno...
A quem interessar, aí vai o link com uma amostrinha das mil imagens que colhi: