terça-feira, outubro 31, 2006
Eu comigo
Nada é mais importante do que conhecer a si mesmo. Depois que consegui saber o que queria e me livrar do que não queria, reconciliei-me comigo mesmo e aprendi a viver em minha própria companhia” (Anwart Sadat)
sexta-feira, outubro 27, 2006
Amanhece...
quarta-feira, outubro 25, 2006
Mais um dia cinzento
Mais um dia cinzento
A janela do meu quarto é a única da casa que não tem cortinas...gosto de receber os primeiros raios da manhã abrindo o concerto de passarinhos. Mas cadê meus raios de sol, cadê meus pardais, bem-te-vis e o beija-flor? Meus bichinhos devem estar de asa murcha e bico fechado, como eu. Hoje, mais uma vez abri os olhos pra janela cinzenta ao som de pneus arrastando água no asfalto...aí percebi quanto estava cinzenta...a porta do quarto, cinzenta...ao lado da cama cinzenta, num pedaço cinzento de jornal , Maiakovski dizendo que “ Não acabarão com o amor, nem as rusgas, nem a distância. Está provado, pensado, verificado...” Duvido!...na prática, tanto as rusgas quanto as rugas e a distância acabam com o amor, sim...pelo menos a forma mais “popular”de amor...Mas não tô a fim de falar de amor; entrei aqui pra falar de cinzento...abro o estojo cinzento e pego meus óculos...abro a porta cinzenta e quase piso na gata gorda e cinzenta, de olhos amarelos cor de sol, esparramada no tapete preto meio cinzento. O banheiro é também todo cinzento, com exceção do teto que é branco; daí começo a pensar como seria triste o mundo cinzento...mas noutro cômodo da casa um belo vaso de amarílis lindamente vermelhas, presente da minha norinha nada cinzenta, me faz emprenhar de uma idéia que será parida em tela e tinta logo, logo: uma flor vermelha quebrando o cinzento quase preto de uma parede de pedras. Olhando o jardim ressaqueado de tanta água, vejo um tronco verdinho de musgo, um branquíssimo copo-de-leite, hortênsias vacilantes entre o rosa e o lilás, e romãs avermelhando...daí em vez de continuar cinzenta, começo a enumerar as boas coisas dos dias cinzentos: inventar uma comidinha bem gostosa e colorida, tomar chocolate quente, vinho tinto, ler debaixo do edredom, comer pipoca, ouvir Mercedes Sosa dando gracias a la vida (valeu, Fernandinho!), ver um filme e pintar, pintar muuuuito e esperar o sol.
Sol, venha logo! Preciso de você e do azul para secar e abrir minhas asas!
A janela do meu quarto é a única da casa que não tem cortinas...gosto de receber os primeiros raios da manhã abrindo o concerto de passarinhos. Mas cadê meus raios de sol, cadê meus pardais, bem-te-vis e o beija-flor? Meus bichinhos devem estar de asa murcha e bico fechado, como eu. Hoje, mais uma vez abri os olhos pra janela cinzenta ao som de pneus arrastando água no asfalto...aí percebi quanto estava cinzenta...a porta do quarto, cinzenta...ao lado da cama cinzenta, num pedaço cinzento de jornal , Maiakovski dizendo que “ Não acabarão com o amor, nem as rusgas, nem a distância. Está provado, pensado, verificado...” Duvido!...na prática, tanto as rusgas quanto as rugas e a distância acabam com o amor, sim...pelo menos a forma mais “popular”de amor...Mas não tô a fim de falar de amor; entrei aqui pra falar de cinzento...abro o estojo cinzento e pego meus óculos...abro a porta cinzenta e quase piso na gata gorda e cinzenta, de olhos amarelos cor de sol, esparramada no tapete preto meio cinzento. O banheiro é também todo cinzento, com exceção do teto que é branco; daí começo a pensar como seria triste o mundo cinzento...mas noutro cômodo da casa um belo vaso de amarílis lindamente vermelhas, presente da minha norinha nada cinzenta, me faz emprenhar de uma idéia que será parida em tela e tinta logo, logo: uma flor vermelha quebrando o cinzento quase preto de uma parede de pedras. Olhando o jardim ressaqueado de tanta água, vejo um tronco verdinho de musgo, um branquíssimo copo-de-leite, hortênsias vacilantes entre o rosa e o lilás, e romãs avermelhando...daí em vez de continuar cinzenta, começo a enumerar as boas coisas dos dias cinzentos: inventar uma comidinha bem gostosa e colorida, tomar chocolate quente, vinho tinto, ler debaixo do edredom, comer pipoca, ouvir Mercedes Sosa dando gracias a la vida (valeu, Fernandinho!), ver um filme e pintar, pintar muuuuito e esperar o sol.
Sol, venha logo! Preciso de você e do azul para secar e abrir minhas asas!
terça-feira, outubro 10, 2006
Estou a dois passos
Estou a dois passos do paraíso...exagero né? mas estar de férias é quase isso...com ou sem viagem, só de ficar livre do compromisso com o relógio e os "processos", poder passar o dia de chinelo e "shortão" já é bom demais...
À minha meia dúzia de "visitantes", se demorar atualizar esse depósito de abobrinhas é que fui por aí com meu amigo vento, ou estou perdida entre telas, tintas, letras e lentes...mas volto logo!
Cresça não, menininha!
segunda-feira, outubro 09, 2006
Tontas Letras
Tontas letras
(Vilma Santos - Uma noite qualquer de 2002)
Estrelas...
Letras...
Tantas e tontas
Tantas estrelas
Letras tão tontas
Tortas linhas
Tanto querer
Sem sentir
Sem ti
Sem tato
Sem olfato
Só querer
Contato
Só sonhar
Som e ar
Sol e mar
Sem amar
Sim, há mar!
E garrafas
E náufragos
E mensagens
E memória
Da pele
Da boca
Do gosto do beijo
Tonto de estrelas...
domingo, outubro 08, 2006
Asaberta
Hoje tô assim oh! de asa aberta e brilhante! Dia desses escrevi algo sobre meu pé de romã inspirada em um texto de Fernanda Takai, aquela do Pato Fu, e disse isso a ela por e-mail; hoje tive a surpresa agradável de receber resposta do e-mail e um gentil comentário ao texto, aqui no meu guarda-abobrinhas. Fiquei feliz! Obrigada de novo, Fernanda!
Beleza nossa de cada dia
sexta-feira, outubro 06, 2006
INFINITO PORQUE DURA
Letra puxa letra...Tem dias que a folha fica branca mesmo, ou a tela cinzenta...de repente, de um texto no jornal, na revista, até de uma placa de anúncio na rua, vem a inspiração.
Sempre que chego do trabalho, tenho meu momento “relax”: vinho e notícia...ontem uma bela reportagem resultou em comida pro asazul.blogspot, em jejum há alguns dias...
Apesar das “quebradas de cara”, de até hoje só ter encontrado o “Eterno enquanto dure” ainda acredito em AMOR que dure por ser eterno e histórias de amor verdadeiro me emocionam...
Em dias de relações descartáveis, em que nós mulheres somos produtos altamente perecíveis com prazo de validade curtíssimo, a história de amor de Dona Tereza com 87 anos e Seu Elpídio com 93, completou 70 anos e vale ser lida, mostrada, comentada e registrada.
Na página 38, caderno Cidades, do Correio Braziliense de ontem (5 de outubro de 2006), ilustrada pela “falante” foto de Gustavo Moreno, que tive a audácia de copiar e mostrar aqui (fotografei a folha do Jornal, acho que não fere direitos autorais, fere?), sob o título INFINITO PORQUE DURA, Marcelo Abreu conta lindamente a história cuja essência enxergo nas belas palavras:
“...Depois de sete décadas, essa é, ainda uma linda história de amor. Dessas que não se lêem mais nos livros, não se encontram mais em qualquer esquina. Em que não se esbarra mais pelas praças – a não ser em Planaltina. É uma história de amor tão grande que uma vida inteira ainda será muito pouco para cabê-la.”
O que tem de fantástico? Nada e tudo. Apenas um casal que soube cuidar de um tesouro: o AMOR que tem sido tão desvalorizado.
Tomara haja mesmo outras vidas e que tudo valha a pena!
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