terça-feira, novembro 28, 2006

Temporada de Casca


Tudo bem! Sei que todo mundo já falou desse assunto, mas também quero falar...afinal, para escrever e fotografar, cada um o tem sua marca...o mesmo assunto visto ou comentado por mil pessoas renderá mil resultados diferentes nenão?
Fala-se muito da doença da moda, ANOREXIA que matou duas garotas há poucos dias...mas não é só esta... há algum tempo garotos morreram e ficaram doentes depois de injetar em seus corpos “remedinho” pra cavalo (ou pra boi?) buscando músculos; vez em quando morre uma mulher ao fazer em qualquer “açougue”’ inofensivas lipos ou implante de silicone nas “protuberâncias de cima e de baixo”, enquanto outras ficam carecas fazendo “baratinho” escovinhas definitivas, expondo-se a produtos químicos desconhecidos só porque alguém disse que cabelo lisinho é bonitinho; perdem a expressão enchendo o rosto de toxinas em nome da eterna juventude e acabam com cara de boneca inflável...Não sou nenhuma Irmã Paula, não me considero imune a qualquer vaidade, mas acho que somos máquinas muito perfeitas pra viver APENAS em função dessa casquinha, que escultural, magrinha, cheiinha, obesa ou esquelética vai virar “pozinho podrinho” do mesmo jeito...Claro que devemos valorizar o corpo, sim, pois é ele a embalagem , a morada da essência, nosso cartão de visitas; exercício é saudável, alimentação equilibrada também...mas isso está bem longe de se matar de fome ou de tanto “malhar” na busca insaciável de um “corpo perfeito”, ou de uma beleza que nada mais é que conceito criado pela cruel ditadura da moda...depois, o que é corpo perfeito? Um dia as belas são as branquinhas rechonchudas, outro dia as de gordura zero, outro dia as morenas cheias de curvas; hoje cabelo bonito é loiro cacheado, amanhã é vermelho liso e por aí vai...
Que tal, malhar um pouquinho os neurônios, ver a casca como proteção de
Sua Excelência O MIOLO, e dar a ele um tantinho mais de atenção? Porque na atual temporada, miolo engorda ou incomoda...o que interessa é a casca e quanto mais oca melhor! Fica mais fácil de engatar as “fashion” correntinhas escravizadoras da cor da moda.
Quem sabe, um dia as meninas comecem a enxergar que há vida além da carreira de modelo?

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