segunda-feira, abril 09, 2007


Muito interessante, o texto abaixo transcrito, publicado ontem no Correio Braziliense, na coluna Dicas de Português de Dad Squarisi. Presenciei um desses testes nos meus tempos de estudante, é muito engraçado!

PELO TELEFONE

“ Conhece o teste do telefone? Um grupo de pessoas se senta ao lado uma da outra. A primeira lê uma história. A segunda, sem ler, cochicha a narrativa no ouvido do vizinho. A terceira faz o mesmo. E, assim sucessivamente. O resultado é espantoso. O último texto não tem nem parentesco com o primeiro. Quer um exemplo?

O presidente fez este pedido ao diretor:
Na próxima sexta-feira, às 17h, o cometa Halley passará por esta área. Trata-se de um evento que ocorre a cada 78 anos. Assim, por favor, reúna os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno. Se chover, não veremos o raro espetáculo a olho nu.

O diretor, obediente, passou este recado a gerente:
A pedido do presidente, na sexta-feira, às 17h, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos com capacete, e os encaminhe ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que ocorre a cada 78 anos a olho nu.

O gerente transmitiu esta informação ao supervisor:
A convite do nosso querido presidente, o cientista Halley, de 78 anos, vai aparecer nu na fábrica, usando apenas capacete, quando vai explicar o fenômeno da chuva para os seguranças do pátio.

O supervisor, por sua vez, mandou esta mensagem ao chefe:
Todo mundo nu, na próxima sexta-feira, às 17h, pois o mandachuva do presidente, Sr. Halley estará lá para mostrar o raro filme Dançando na chuva. Caso comece a chover mesmo, o que ocorre a cada 78 anos, por motivo de segurança coloque o capacete.

O chefe repassou o convite para os operários:
Nesta sexta-feira, o presidente fará 78 anos. A festa será às 17h, no pátio da fábrica. Vão estar lá Bill Halley e seus Cometas. Todo mundo deve estar nu e de capacete. O espetáculo vai rolar mesmo que chova porque a banda é um fenômeno.

Moral da história: as palavras, principalmente as faladas, são pra lá de levianas. Traem. A gente pensa que diz uma coisa, o ouvinte entende outra, e a coisa propriamente dita desconfia que não foi dita...”


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