sexta-feira, junho 17, 2011

Fala muda



Calo...
e me escuto...
e te escuto...
ouço os gritos do meu silêncio...
ouço ecos de tua crítica
a meu silêncio...
Tens razão.
Às vezes pareço muda...
Apenas pareço...
Quando muda, falo...
Uma fala muda,
de sinais,
de olhares,
de "ares de riso"
como se dizia
em outros carnavais...
Se muda pareço,
de bons motivos careço,
para não calar...
Quando pareço muda,
fico também invisível
para melhor enxergar...
É quando sou muito ego,
muito "in"...
É quando tudo em volta
parece bobo demais...
E corro pra dentro de mim
em busca do feto,
do broto,
da semente,
do ovo,
do embrião,
da faísca,
do fonema,
da fagulha,
da menor partícula
do NOVO...
DE NOVO...



2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo, sincero, profundo, poético! Como sempre (e como as borboletas), tem meu respeito e minha admiração.

Mari G disse...

olá sou eu de novo, o meu blog é www.naturyblog.blogspot.com

eu só postei uma poesia, um pensamento que eu tive e no final tem uma frase que eu coloquei a partir de outra poesia minha.