Que fim levaram as crianças-crianças? Aquelas vestidas como crianças, brincando como crianças, calçadas ou descalças como crianças? Cadê os cabelos de anjinhos, as tranças, as bonecas de pano, as cantigas de roda, carrinhos de rolemã, as bolas de meia, o jogo de figurinhas, o pique-pega, o esconde-esconde?
Cadê os pais que ensinavam as crias a respeitar os mais velhos, os doentes, os “diferentes”? cadê os pais que mostravam o caminho, mandavam devolver o troco a mais, ou desfazer a troca de brinquedo feita sem autorização de adultos? Cadê os pais que ajudavam com o “dever de casa”, que não precisavam de “Super Nanny “para dizer: agora não, é muito caro, é muito cedo, já é tarde, arrume a cama, guarde um pedaço pro seu irmão, cuide do cachorro, molhe as plantas...cadê?
Tão “out” (também é fora de moda dizer “fora de moda”) quanto educar criança como criança, é a idéia de família estruturada. Casamento é uma noite de festa, um belo vestido de noiva, tacinhas de champanhe, viagem de lua de mel. Se não houver, “compatibilidade de gênio”? separa! Filhos? Todo mundo quer um lindo bebê “Jhonsons”. E dessas ligas sem alicerce, vem a multidão de pequenos ditadores que exigem dos pais-bananas, a roupa da moda, a mochila da moda, o game da moda, de preferência com muito sangue e muita porrada; e os pais ausentes, vão trocando presença por presentes, delegando o dever ( ou direito) de educar á babá, eletrônica ou não, à tia do colégio (professora também é fora de moda), ao garçom, á polícia, ao mundo.
E aí, quando nos vemos diante de “garotos de classe média” que queimam índio porque parecia mendigo, espancam trabalhadora porque a confundiram com prostituta, vem aquela velha pergunta-chavão: “Por que tanta violência, se têm tudo?”
Na pergunta está a resposta. Talvez tenham “tudo” demais. Tudo o que o dinheiro pode comprar e nada dos valores verdadeiros, dos valores que não se traduzem em cifras.
Talvez se trouxermos de volta a infância, haja menos jovens e adultos sem açúcar e sem afeto, talvez o SER triunfe sobre o TER, talvez a vida valha mais e seja mais doce.
Cadê os pais que ensinavam as crias a respeitar os mais velhos, os doentes, os “diferentes”? cadê os pais que mostravam o caminho, mandavam devolver o troco a mais, ou desfazer a troca de brinquedo feita sem autorização de adultos? Cadê os pais que ajudavam com o “dever de casa”, que não precisavam de “Super Nanny “para dizer: agora não, é muito caro, é muito cedo, já é tarde, arrume a cama, guarde um pedaço pro seu irmão, cuide do cachorro, molhe as plantas...cadê?
Tão “out” (também é fora de moda dizer “fora de moda”) quanto educar criança como criança, é a idéia de família estruturada. Casamento é uma noite de festa, um belo vestido de noiva, tacinhas de champanhe, viagem de lua de mel. Se não houver, “compatibilidade de gênio”? separa! Filhos? Todo mundo quer um lindo bebê “Jhonsons”. E dessas ligas sem alicerce, vem a multidão de pequenos ditadores que exigem dos pais-bananas, a roupa da moda, a mochila da moda, o game da moda, de preferência com muito sangue e muita porrada; e os pais ausentes, vão trocando presença por presentes, delegando o dever ( ou direito) de educar á babá, eletrônica ou não, à tia do colégio (professora também é fora de moda), ao garçom, á polícia, ao mundo.
E aí, quando nos vemos diante de “garotos de classe média” que queimam índio porque parecia mendigo, espancam trabalhadora porque a confundiram com prostituta, vem aquela velha pergunta-chavão: “Por que tanta violência, se têm tudo?”
Na pergunta está a resposta. Talvez tenham “tudo” demais. Tudo o que o dinheiro pode comprar e nada dos valores verdadeiros, dos valores que não se traduzem em cifras.
Talvez se trouxermos de volta a infância, haja menos jovens e adultos sem açúcar e sem afeto, talvez o SER triunfe sobre o TER, talvez a vida valha mais e seja mais doce.
2 comentários:
Parabéns pela crônica. Concordo com tudo e me junto ao seu ponto-de-vista.
D.R.
Estava com saudades das suas abobrinhas, você não tem idéia o quanto elas me ajudam!!!!
Abraço virtual pra vc!!
Beijos!!!!
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