quarta-feira, agosto 02, 2006
A Hora do Nojo
Eu disse que usaria este espaço para falar de belezas e levezas da alma, mas às vezes, para a alma ficar leve, é preciso falar de coisas nada belas.
É a hora do macaco, do palhaço, do podre, do nojo!
Tudo outra vez! Sou obrigada a ver ruas poluídas por faixas, santinhos, cartazes, muros pintados com nomes de picaretas e seus slogans que infelizmente ainda enganam muita gente; tenho os ouvidos torturados pelos nauseantes jingles que me causam inveja dos surdos e ainda sou obrigada a votar... mas não sou obrigada a ajudar eleger, é o meu trunfo!
A mim não enganam mais seus sorrisos de crocodilo! abraçam velhinhas, pegam criancinhas no colo, comem marmita com operários e sentam-se com eles no chão para a foto de “igualdade”; empanturram-se de pastel de rodoviária, café com pão em padaria de bairro pobre; prometem o que todo mundo gostaria que fosse verdade e que nunca vão fazer! Exploram a miséria do desemprego, fazendo com que , até grávidas fiquem na rua abanando pesadas bandeiras a troco de alguns reais.
Não me enganam mais os berros histéricos da esquerda radical nem a fala mansa dos bons moços da direita que vieram de famílias humildes, formaram-se médicos mas em vez de salvar vidas, resolveram “lutar por um Brasil melhor”. Qualquer que receba o mandato do povo, usará o “Poder” em proveito próprio e dos “amigos do rei”, condenará o governo passado pelos erros e continuará cavando o enorme buraco que engole o povo.
Companheiros e companheiras, brasileiros e brasileiras, minha gente, O MEU VOTO NÃO!!!
A foto é detalhe de uma escultura, se não me engano de Siron Franco, exposta no Museu de Arte de Brasília em fevereiro/2006...Não sei bem em que o autor se inspirou, mas tenho a impressão de que foi em campanha eleitoral...
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